Poetar, o processo terapêutico
Acordar de madrugada e escrever um poema praticamente após o outro foi a maneira que o poeta Carlos Máximo encontrou para, mergulhando em um processo catártico e terapêutico, aliviar um pouco a dor da perda materna. Como ele mesmo me confidenciou: “Passar um pouco de tudo isso para a poesia foi algo que me aliviou muito e me deixou mais leve nesse contexto da perda.”
Assim, nasce Tons do infinito, como luz para seu alívio. E o poeta acrescenta que «o livro é uma ação que não é só minha, pois acredito que esses sentimentos são de muitas pessoas que perderam alguém que amam muito. É uma obra plural.»
Portanto, convido os leitores a mergulharem na leitura com o mesmo respeito com que os poemas foram escritos, no silêncio da madrugada, para, com a mesma reverência, pensarmos na figura materna com o respeito e o carinho com que Carlos nos leva a pensar na nossa mãe.
Luiz Puntel
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A dor de perder uma pessoa amada é algo incomensurável. A dor de perder uma mãe nos diz mais: é descomunal, infinita. Tons do infinito nos traz nuances de amor, saudade, instantes preciosos e eternizados para que a crença em algo maior não se esmoreça em momento de tão profunda aflição.
Deus nos mostra novas estradas, que podem ser rabiscadas com as tintas da saudade e pintadas de nostalgia, lembranças, doces memórias que nos fazem seguir em frente.
Perder uma mãe nos mostra a escuridão, mas nos faz ver a eternidade com outros tons. Tons do infinito traz sabores, dores, medos, tudo misturado em poesia com pitadas suaves de amor.
Flávia Carrara